Não é justo, mas é uma verdade. Nós mulheres temos mais dificuldade em perder peso do que os homens. Em primeiro lugar, porque as mulheres tendem a ter uma composição corporal diferente dos homens, com uma proporção maior de gordura corporal devido ao nosso metabolismo e produção hormonal. Depois, porque as oscilações hormonais ao longo do ciclo menstrual podem afetar o metabolismo e o apetite, tornando o controle do peso mais desafiador para as mulheres. Estudos como o de Leeners et al. (2017) e Harris et al. (2018) destacaram esses aspectos, mostrando como as variações hormonais, como os níveis de estrogênio e progesterona, influenciam o controle do peso e a regulação da ingestão de alimentos.
Nós mulheres geralmente temos uma taxa metabólica basal mais baixa do que os homens, o que significa que queimamos menos calorias em repouso. Isso pode exigir uma restrição calórica maior ou aumento da frequência da atividade física para alcançar resultados semelhantes de perda de peso. A nossa resposta ao exercício e à dieta também varia muito quando comparada à dos homens. Pesquisas, como as conduzidas por Melanson et al. (2019), sugerem que as mulheres podem queimar gordura de forma menos eficiente do que os homens durante o exercício, o que pode afetar a perda de peso.
Fatores psicossociais também desempenham um papel importante nesse processo. Pressões sociais e culturais relacionadas à imagem corporal e ao padrão de beleza podem levar algumas mulheres a adotarem comportamentos alimentares restritivos ou a enfrentarem um estresse emocional exagerado, o que por sua vez afeta negativamente os esforços de perda de peso. Estudos como o de Racine et al. (2021) destacam a importância de abordar não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e psicológicos ao ajudar mulheres a alcançar seus objetivos de peso e saúde.
Para de fato conseguirmos sucesso no emagrecimento, é essencial que as a gente adote uma alimentação equilibrada e nutritiva, com alimentos integrais, ricos em fibras, vitaminas e minerais, enquanto limitamos o consumo de alimentos processados, ricos em gorduras saturadas e açúcares adicionados. Precisamos de uma dieta balanceada, composta principalmente por vegetais, frutas, proteínas magras, grãos integrais e gorduras saudáveis, como as encontradas em nozes e abacates, pode promover a perda de peso de forma sustentável e saudável. Além disso, a orientação e o suporte de um nutricionista desempenham um papel fundamental nesse processo, fornecendo orientações personalizadas, monitoramento do progresso e educação nutricional para nos ajudar a fazer escolhas alimentares saudáveis e alcançar nossos objetivos de redução do peso de maneira segura e eficaz.
Outro fator que prejudica muito o emagrecimento feminino é a prática de dietas de blogueiras, sem cunho científico e especializado nenhum. Mas é aquele ditado, né? Existem sempre dois caminhos, o mais rápido e arriscado e o que leva ao lugar desejado com segurança, só depende do que você realmente quer. Precisa de uma ajuda personalizada e que faça a diferença na sua vida? Marque seu horário e deixe-me mostrar que é possível conquistar um corpo saudável sem estresse e restrições.
Referências
- Leeners, B., Geary, N., Tobler, P. N., & Asarian, L. (2017). Ovarian hormones and obesity. Human Reproduction Update, 23(3), 300–321.
- Harris, A. D., Saleh, S. G., & Duxbury, A. S. (2018). Women and the Weight Loss Tamasha: An Exploration of Dieting and Exercise Experiences. Qualitative Health Research, 28(2), 254–267.
- Melanson, E. L., Gavin, K. M., Shea, K. L., Wolfe, P., & Wierman, M. E. (2019). Influence of menstrual cycle phase on appetite and food intake. American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism, 317(1), E81–E88.
- Racine, S. E., Keel, P. K., Burt, S. A., Sisk, C. L., Neale, M. C., Boker, S., & Klump, K. L. (2021). Individual differences in weight change and body image responses following acute stress in women. Journal of Abnormal Psychology, 130(3), 249–259.